Satisfazer as Necessidades da População em Envelhecimento
Neste pilar pretende-se desenvolver ações em 4 áreas:
1. Equidade no Acesso aos Cuidados de Saúde e ao Apoio Social
O aumento da população envelhecida e a elevada prevalência de doenças crónicas, co-morbilidades, polimedicação e restrições de autonomia funcional física e social, têm imposto uma resposta crescente aos serviços de saúde e de apoio social.
São necessárias respostas inovadoras com novas abordagens que promovam a equidade do acesso independentemente do território de residência das populações, e promovam a melhor eficiência da saúde e dos sistemas sociais, para se poder garantir acessibilidade e recursos para a manutenção destes serviços a longo prazo.
2. Repensar os Modelos de Prestação de Cuidados à População
Para a manutenção da vida autónoma, é necessário trabalhar os ambientes, e promover a literacia em saúde, e fortalecimento da comunidade para que os idosos se mantenham funcionais, ativos e o mais saudáveis possíveis o mais tempo possível.
A população envelhecida apresentará numa fase mais tardia uma carga de co-morbilidades e de doença crónica que leva à necessidade de adaptação dos cuidados de saúde, com ajuste dos índices e indicadores a serem aplicados ao longo do ciclo de vida das pessoas.
A população mais envelhecida mantendo a autonomia nas atividades será expectável que necessite progressivamente de atividades diferenciadas, devendo promover-se a existência de comunidades residenciais, que possuem vantagens de preservação da privacidade e autonomia, mantendo a sustentabilidade social e económica das instituições. A pandemia de COVID 19 veio demonstrar que é urgente intervir e adaptar as estruturas residenciais para idosos, sendo uma oportunidade de serem implementadas estruturas diferenciadas e inovadoras, com foco nos utentes e na preservação da sua autonomia.
3. Integração de Cuidados de Longa Duração
A progressiva debilidade e dependência quer física quer cognitiva da população mais envelhecida leva à necessidade de unidades de cuidados continuados que possuam equipas multidisciplinares, que promovam a prestação de cuidados diferenciados personalizados a cada utente e que promovam a preservação da independência dos utentes, integrados em comunidades residenciais promotoras da autonomia.
A população beneficiará também da existência de cuidados de reabilitação física e cognitiva inovadores, com aplicação das tecnologias existentes atualmente para uma pequena franja da população, maximizando e potenciando as ações de promoção de uma vida mais ativa e autónoma.
4. Gestão da Saúde das Pessoas com Doença Crónica e/ou Co-morbilidades
A gestão de cada indivíduo da população torna-se mais complexa quando existem necessidades diferentes e que devem ser adaptadas a cada um, maximizando as respostas do SNS e sociais, de forma que cada um tenha acesso aos cuidados mais adequados em cada altura da sua vida. Para isso é necessária uma interligação entre todos os stakeholders que poderá ser concedida através de unidades de gestão integrada dos recursos, com gestores de caso que serão os interlocutores para o indivíduo.