A esperança média de vida aumentou 10 anos nas últimas cinco décadas e é expectável que, em 2070, 30% da população europeia tenha mais de 65 anos. Isto representa uma mudança de perspetiva e de políticas para fomentar o envelhecimento ativo e saudável, com uma visão holística desde a infância até à reforma, tendo em conta as crescentes necessidades de saúde e de cuidados a longo prazo. A aprendizagem ao longo da vida é cada vez mais relevante para os mais velhos como forma de se manterem ativos e incluídos.
O Centro de Competências para o Envelhecimento Ativo e Saudável da Universidade do Porto (Porto4Ageing) está envolvido em vários projetos internacionais com vista a promover boas práticas para o envelhecimento e para a saúde, como é o caso do ICTskills4All, cujo objetivo é auxiliar no aumento das capacidades digitais de idosos e dos mais desfavorecidos. Ao longo de dois anos, foi desenvolvido um website de ensino, de acesso livre e acessível ao público a partir desta semana – www.ictskills4all.eu, desenvolvido numa abordagem colaborativa, ou seja, com o envolvimento do utilizador final e com a realização de vários testes de usabilidade que permitem adequar os materiais às necessidades dos utilizadores. “Fizemos testes com vários grupos para garantir que a nossa plataforma é de fácil navegação. Coisas como carregar no ícone de uma lupa para fazer uma pesquisa que, para utilizadores mais experientes parece óbvio, mas para quem está a aprender não é”. Explicou Liliana Rodrigues, gestora do projeto. “Precisámos também de aferir quais as verdadeiras necessidades de aprendizagem. Para isso, nós e os nossos parceiros, ministramos cursos presenciais em que concluímos, por exemplo, que a segurança online é um dos temas que suscita mais dúvidas e receio e para o qual é preciso uma abordagem empática”. (…)